Alguém já ouviu falar do 'Programa de Valorização dos Autores de Livros residentes no Município' (São José dos Campos)? Talvez, nem mesmo boa parte dos escritores joseenses. O programa é resultado de um bom projeto (acreditem!) do vereador Jairo Santos, que foi transformado em lei municipal (8368/2011) em abril, um mês antes do Festival da Mantiqueira, que aconteceu em maio no distrito de São Francisco Xavier.
Infelizmente, a Prefeitura demorou cinco meses para criar a regulamentação do programa e só em 22 de setembro publicou edital com as ‘regras do jogo’. E pior que isso, só no dia 7de outubro divulgou, em seu site, notícia a respeito do assunto. Ou seja, uma semana antes do prazo final (dia 14) para cadastramento dos autores interessados em participar do programa.
E apesar da simplicidade da lei, além de se cadastrarem, os autores interessados também terão que apresentar um ‘projeto’ contendo um ‘plano de ação’ para o aproveitamento de suas obras nas escolas municipais. Os livros terão que fazer parte do contexto de alguma atividade artística de teatro, música, pintura, desenho, história em quadrinhos, saraus, hora do conto ou teatro de fantoches.
Quem pensou que seria fácil ter sua obra aproveitada nas escolas municipais se enganou. E a burocracia oficial não terminou. Todas as obras e projetos inscritos serão avaliados por uma comissão formada por representantes da Secretaria de Educação, Fundação Cultural Cassiano Ricardo e Academia Joseense de Letras. Ou seja, a obra pode ser sensacional, mas se o projeto não for ela vai continuar do lado de fora da escola.
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