Sede do clube na Vila Industrial |
Pelo texto do jornal, o ‘investimento’ da Prefeitura no ‘negócio’ pode chegar a R$ 8,641 milhões – somados os valores das áreas na Vargem Grande, as benfeitorias prometidas (R$ 3,511 milhões), as melhorias necessárias no Teatrão (R$ 4 milhões) e a cessão da área onde está a boate Casa Blanca (R$ 731 mil). Segundo o presidente do clube, o vereador Robertinho de Padaria, a área do Teatrão vale bem mais que isso, mas não pode ser negociada.
Segundo a Lei Municipal 2.422/81, que autorizou a Prefeitura a doar a área ao São José EC, a agremiação não pode se desfazer dela. Portanto, é como se não valesse nada. A mesma lei diz que a Prefeitura pode requisitar a área de volta caso o São José EC não esteja cumprindo com a finalidade de clube recreativo ou deixe de existir. Pela realidade vivida nos últimos anos, isto não está muito longe de acontecer. Mesmo assim, a Prefeitura prefere oferecer ao clube a possibilidade de um ‘último suspiro’.
Ao que tudo indica, depois da derrota de 1 a 0 para o Comercial de Ribeirão Preto, ocorrida sábado (23), quando só a vitória interessava, o São José vai ter que começar ‘a remar’ tudo de novo. Resta saber se, depois dessa, a Prefeitura vai manter sua proposta e os conselheiros do clube vão aceitá-la, pois se a maioria não quiser, nada feito. Sem contar que a oposição ao prefeito Eduardo Cury já protestou e promete ‘melar’ a negociação se ela avançar.
Com isso, o São José EC só perde. Perde no campo, perde com o amadorismo de seus diretores e conselheiros, perde na relação com seus torcedores, associados e a cidade, perde em não ter uma administração profissional, perde em misturar esporte e associativismo com política partidária. O clube só vai deixar de ser um perdedor quando tiver um projeto sério e for dirigido por gente séria. Do contrário, vamos ver a mesma história se repetir por muito e muitos anos ainda!
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