A matéria publicada na edição deste mês da Revista ValeParaibano, revelando a existência de uma cafetina, de nome Patrícia, responsável pelo agenciamento de boa parte das prostitutas que ficam pela Praça Afonso Pena, no coração de São José dos Campos, sob olhares de todos e, principalmente, das autoridades, é mais séria do que parece. Infelizmente, apesar de as polícias, civil e militar, terem se pronunciado sobre o assunto, de forma bastante complascente, diga-se de passagem, a reportagem deixou de ouvir justamente quem mais deveria se preocupar com este problema: a Prefeitura.
Afinal, é a Prefeitura, juntamente com o Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento de São José dos Campos (Ipplan), que vem comandando o projeto 'Centro Vivo', que prevê a revitalização de todo o centro da cidade. Por isso mesmo, apesar de a revista não ter consultado nenhuma das duas fontes a respeito, fica a pergunta: o que pretendem, Prefeitura e Ipplan, fazer a respeito desta questão? Ou a revitalização vai atingir apenas o que é concreto, deixando de lado justamente o mais importante neste processo, o ser humano que está à margem da sociedade?
A não ser que as prostitutas da Praça Afonso Pena, assim como os hoteis que servem de abrigo para a prostituição 24 horas, já tenham se tornado ponto turístico da cidade. Afinal, o Centro de Informações Turísticas (CIT) da Prefeitura está localizado bem alí na frente da praça, no antigo prédio da Câmara Municipal, hoje Espaço Mário Covas. Como estamos num país democrático e em véspera de eleição, é difícil pensar que este cenário vá mudar num curto espaço de tempo.
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